PEDÁGIO URBANO

O Senado enviará ao Palácio do Planalto para sanção da Presidente Dilma, a Política Nacional de Mobilidade Urbana, mais conhecida como LEI DA MOBILIDADE. Com ela sancionada, os Estados teriam amparo legal para criar políticas que privilegiem a mobilidade urbana, podendo para tanto, cobrar pedágios para que veículos circulem nas áreas centrais das grandes cidades, algo parecido com o que já existe em Londres.

TRANSPORTE PÚBLICO DE QUALIDADE

Para que a iniciativa dê certo, devemos copiar também a qualidade e o baixo preço dos transportes públicos de outros países. Nosso Transporte coletivo é muito caro, a logística é falha, temos veículos de menos, espera de mais e área de cobertura muito restrita. Resumindo: Temos a oferecer o que há de pior, mas queremos cobrar o melhor que pudermos.

LATAS DE SARDINHA

Para que a Lei de mobilidade funcione, é necessário oferecermos uma troca justa ao motorista. Precisamos seduzí-lo a deixar o carro na garagem em troca de um mínimo de conforto. Não podemos oferecer-lhe ônibus superlotados e mal conservados, metrôs onde as pessoas se parecem com sardinhas espremidas em lata, onde mulheres correm risco de assédio sexual. Essa troca não é justa e nunca acontecerá.

PLANEJAMENTO

Li certa vez que Oscar Niemeyer é considerado um grande arquiteto, mas um péssimo urbanista, por ter feito Brasília uma cidade para o automóvel e não para o cidadão. Lá tudo é muito longe. Já grandes cidades como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e outras, não foram planejadas, mas isso não pode ser uma desculpa eterna entre os governantes que entram e saem do poder. Alguém terá que parar e repensar a política de transporte público.

Só a partir disso teríamos o direito de exigir pagamento de pedágios ou rodízios.

DIA MUNDIAL SEM O CARRO

Foi um dia como outro qualquer, o “dia mundial sem o carro”. A resistência em deixar o carro na garagem foi enorme.As maiores cidades continuaram com os mesmos congestionamentos e os horários de pico mostraram a mesma lentidão de dias anteriores. Ou a divulgação não foi bem feita ou nossa dependência do automóvel é maior do que pensávamos.

Confesso que também teria dificuldade de abrir mão do carro para meus compromissos, mesmo que por um dia. Nosso sistema de transporte público ainda está longe de atender nossas necessidades básicas de locomoção.

Porisso não critico quem não aderiu.